06 março 2005

Parte Final DIAS IGUAIS. LUÍZA POSSI

Mesmo se quiser tentar, você nunca vai entender, porque tantas vezes eu chorei.
Mesmo se ela fosse lá, e o encarassee lhe explicase tudo de novo e quantas vezes ele lhe pedir. Ele nunca entenderia, nunca iria pensar que com seu silêncio, a fez chorar por muitos dias, sofrer de depressão por vários meses.
Mas se eu puder sonhar com um dia perfeito pra mim, vai ser tudo como imaginei.
Ela queria que todos os seus sonhos, ela e ele casados com seus filhos correndo no quintal da casa, e ela e ele assistindo sorridentes a cena.
Vendo seus filhos se sujando, brincando e correndo um atrás do outro, elaqueria que isso se torna-se realidade.
Já tentei esquecer, fingir que vai mudar, que com o tempo vai passar.
Ela tentava. tentava. tentava. mas não conseguia esquece-lo. como era lindo. aqueles olhos. aquele rosto.
Adorava o modo como ele afagava sua nuca, adorava quando ele ficava irritado consigo mesmo quando não conseguia colocar as coisas em ordem. É como ela o ama.
Mas é sempre igual, ninguém pode saber, o quanto eu penso e sinto por você.
Seus pensamentos eram para ele. totalmente voltados para ele. quando se deitava para durmi. não conseguia. ficava horas pensando, como seria se estivesse nos braços dele agora, sentindo os beijos deles, os toques dele.
Mas é sempre assim, tenho medo de dizer, que sem você aqui os meus dias são sempre iguais.
Os dias dela eram sempre ruins quando ele não estava pôr perto, sempre sem graça.
Eu só penso em você. Só penso em você. Já tentei esquecer, fingir que vai mudar, que com o tempo vai passar.
Ela só pensava nele. somente. e esse é apenas um dos motivos para discuções com seu sangue e seus demônios
** Flashback ** - presisamos conversar - disse o demônio quando ela chegava do trabalho
- O que foi ? - disse ela se sentando ao lado dele que estava sentado no sofá da sala onde moravam - Aconteceu algo com os meninos?
- Não, foi com você - disse o demônio encarando-a - Você ainda pensa nele?
- Ah isso de novo.- ela não sabia o que dizer- estou cansada, não quero mais falar.
- Vamos, fale logo não me enrole - disse ele se levantando, indo em direção a ela e passando a mão nos cabelos loiros e encaracolados dela - me responda pensa ou não pensa nele?
- Penso.- disse ela após um longo silencio, sabia que não adiantava tentar encanar-lo - Penso, muito, a todo momento, e penso mais ainda quando vc me lembra dele
- Então está sendo tudo em vão - o demônio virou-se para ela com os olhos com o mais puro ódio - Pôr que? Me diga - agora ele já estava sacudindo ela pelos ombros
- Pra te iludir e te usar para esquecer ele você já sabe que não foi, desde sua volta você nunca esteve aqui enganado, desde o começo eu avisei que nãopoderia amar você- disse ela chorando - o demônio a soltou e saiu da casa onde moravam, saiu batendo a porta com força. Ela ainda ficou ali chorando pôr algumas horas e depois de lavar o rosto, resolveu deitar-se.
E por algum tempo, o nome dele permaneceu intocado dentro daquela casa. O demônio pensava que voltando a morar junto com ela, faria com que ela o amasse, que isso ele conseguiria com o tempo e que com o tempo, ela esqueceria ele, mas isso só fez aumentar mais o amor que sentia por ele.
**Fim do Flashback**
Mas não consigo me enganar.
Ela não podia mais ficar se enganando com fez todos esse tempo. sabia: ainda AMA ele!
Mas é sempre igual. Tenho medo de dizer. Mas é sempre assim. Ninguém pode saber
Ela tinha medo. Descobriu ao longo desse tempo que não era uma simples paixão boba. Por que se fosse não teria resistido a essa ausência.
Ela o amava.
Eu só penso em você. Eu só penso em você. Eu só penso em você. Eu só penso em você. Eu só penso em você.

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