02 março 2005

Dias iguais... Luíza Possi

Olá...
Eu sei que ando escrevendo muito e me expressando pouco, nem todo mundo que entra aqui lê tudo o que eu escrevo, nem todos vêem necessidade de falar sobre o assunto.
Mas eu não me importo, pois o que eu pretendo com tudo o que escrevo é apenas desabafar...
Até porquê, como falei ontem à alguém: "Não converso com ninguém, pois não é fácil as pessoas entenderem quando tento explicar que perdi o amor da minha vida por ser obrigada viver debaixo do mesmo teto que meu ex marido..."
DIAS IGUAIS... LUÍZA POSSI
Se quiser me convencer, que tudo pode ser então, um bom motivo pra eu desistir...
E aqui está ela, sentada em uma confortável cadeira em sua sala na empresa, já passam das seis da tarde e ela não quer voltar para casa...
Sabe que tem uma família inteira esperando por ela...
Um demônio, teus pais e irmãos... mas seus pensamentos estão vagando em outro lugar...
Nessa época faz quase que que tinha perdido seu amor.
Se eu tiver que te dizer, tudo pode ser em vão, tudo que eu já sofri...
Ela sabia, ele estaria lá...
Ela tinha avisado aos pais que chegaria no horário...
Mas dele, quando a visse, teria a certeza que ele iria querer conversar com ela, tirar a limpo o que aconteceu no passado.
** Flashback** Eu te amo - dizia ela o tempo inteiro com o olhar...
Eles estavam num parque, ela sentada ao lado dele que estava eufórico com a reconciliação -
...- ele olhou nos olhos dela...
E ela, ficou perdida nos lindos olhos dele - ...Eu quero cuidar de mim, e de você...-
Mas ele nem teve tempo de concretizar nada.
Passou-se algum tempo e a situação dela em casa só piorava, foi quando ele simplesmente sumiu, sem deixar rastros.
Desde daquele dia ela não conseguiu falar com ele...
E mesmo se ela quisesse, não o faria...
Ficava evitando-o, já que moravam distante, e que ele tinha uma absurda falta de tempo, o que pelo menos servia de consolo para ela, que não teria que vê-lo.
**Fim do Flashback** Já tinham se passado meses sem que ela o visse...
Ele sempre a procurava mais ela não lhe correspondia... "Me escondo no meu muro feito de borracha, o qual o mais ligeiro impacto, destrói me desmoronando totalmente, carne osso e sentimentos" ela pensava...
Já tentei esquecer, fingir que vai mudar, que com o tempo vai passar...
Ela se voltou contra a família, saia sozinha, ia a festas e mais, resolveu que o responsável teria que pagar pelo passado, e que após o passado pago, iria buscar uma vida diferente, justamente para isso, justamente para esquece-lo.
mesmo ao lado do Demônio, nunca o enganou, era transparente em tudo, e o próprio demônio não ouvirá jamais de seus lábios que ela tivesse qualquer sentimento por um ser tão desprezível, não era de seu oficio fazer isso...
"tatuei um só nome em meus lábios..."
Mas é sempre igual, ninguém pode saber, o quanto eu penso e sinto por você
Mas...
Ele não a deixava em paz...
A perturbava em seus sonhos...
invadindo seus pensamentos...
tomando conta de sua alma...
Agora ela já não contem as lagrimas que caem livremente pelo seu rosto pálido...
Ela sabe, continuava a amar aquele homem...
Mas é sempre assim, tenho medo de dizer, que sem você aqui, os meus dias são sempre iguais...
Ela ama aquele homem...
Eles morando e trabalhando em cidades diferentes, em empresas diferentes...
Eles nunca se esbarravam, mesmo assim ela sentia sua presença e só de sentir sua presença já a fazia feliz, mas leve, mas viva...
Mesmo assim, às vezes, o dia dela se tornarna muito infeliz, tedioso e extremamente stressante...
Eu só penso em você...
Os pensamentos dela eram dele...totalmente e exclusivamente dele...
Continua...

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