11 abril 2005

"Inquietação"

Trago dentro dos olhos essa cor da distância quando o mar e o céu se misturam e há um pouco de mar no céu e há um pouco de céu no mar...
Que mundo imenso o mundo que há no meu olhar
Sinto nos braços ímpetos de ventos que se atiram para longe, sem caminhos, cirandando redemoinhos, cantando pelas montanhas, correndo pelas planícies brincando por sobre o mar.. . Ímpetos de ventos boêmio, sem destino, cirandando, cantando, correndo, brincando, mas sempre a avançar... a avançar... a avançar!
... Sinto o desejo estranho de tocar o além e essa inquietude de quem tudo quer sem procurar ninguém!
Meus pés querem achar caminhos que não findem adivinhados na imaginação,
-caminhos que avancem sempre, como cegos, dobrando a esquina azul dos horizontes sabendo apenas que seguem mas sem saber aonde vão!
Trago as ânsias divinas de um predestinado que se atira ao que outros desconhecem levado por eterno e misterioso anseio...
O que eu quero, não sei.
Não quero o tudo se consigo o tudo e acho sempre que o tudo que consigo vale menos que o pouco que não veio!
Quero sempre o que os olhos adivinham e abandono o que o corpo já sentiu e o que a mão alcançou perto demais, nessa ânsia de saber o que me vem depois, vale mais para mim a emoção que se esboça que toda essa vida que deixei pra trás!
Sinto que no meu Ser há essa mistura estranha de um pedaço de céu, de um punhado de terra e de um pouco de oceano.. .
Há o céu no meu olhar vadio e distraído a inquietação do mar na minha alma de poeta e a terra, no meu sangue ardente de cigano!
Trago as ânsias divinas de um predestinado e esse destino audaz de um incomum!
Nasci para cantar, amar e ser amado ter todos os destinos e não ter nenhum!...
(Poema de J. G. de Araujo Jorge, do livro " AMO ", 1938)
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Peço desculpas pelo copy&paste que tenho usado constantemente...
Sinal de cabeça vazia (ou seria cabeça cheia?).
Os exames da semana passada mostraram que estou bem, que já não preciso das diálises, fiquei instantaneamente feliz com essa notícia, e assim que tive oportunidade liguei para algumas pessoas para contar a noticia, e para outras contei pelo msn, as pessoas que não vi, ficam sabendo a partir desse momento.
Claro que o médico me alertou que existem chances de recaída, e para um estágio bem pior, mas sei que isso não vai acontecer, pois nunca aceitei o fato de estar doente, e para quem não sabe, logo q fiquei doente, disse ao médico: eu não estou doente.
Ele retrucou: sim, está.
Eu repeti (batendo o punho fechado na mesa): não, não estou.
Ele disse: Minha querida, vc tem q encarar os fatos...
E eu respondi (de novo batendo o punho fechado na mesa): Eu não aceito esse diagnóstico.
E se esse negócio pensa que é mais forte q eu,
pode ter certeza doutor,
não é...
Rsssssss... Enfim, não foi...
Eu venci...
Fui guerreira...
E sei que teimosia (q chamo de persistência) funciona em 99% dos casos...
Bom. É isso...
Té mais...

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