29 julho 2005

Águias

Eu não consigo mais ter que esconder o quanto dói se toda vez temos que separar.
Secaram todas as lágrimas...
Você tirou de mim o que eu senti, nunca ninguém me amou do jeito que você me quis; ainda é novo para mim

Às vezes fico sonhando num futuro distante estaremos nós? E me dá um nó...
Porque sei que o presente é incerto e ausente e a realidade dói.

Você mudou meu jeito de sentir, tua coragem me fez ver da forma que eu nunca vi.
Iluminou tantas sombras em mim, nunca negou meu jeito de existir.
Pegou no colo a criança abandonada que não podia dormir...

Será que temos a chance de viver nossos sonhos quando amanhecer?
Será que a gente vê o Destino filmando a nossa memória e nos deixar viver?

Somos duas águias no céu a voar.
A voar...
Que procuram na compaixão do vento um galho para pousar.
De encontro ao mar, pra navegar...
Como dois golfinhos seguem rindo da ironia.

Nós conseguimos o raro, duas almas que unem sem deixar de ser.
Sem deixar de ver...
Que nada é eterno, mesmo invencível, o amor há de vencer.

Seguindo o infinito pra voar.
Pra voar...
Procurando na compaixão do vento um campo pra pousar.
Pra mergulhar e voltar às águas mais profundas onde não há o tempo.
Pra separar...

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