28 junho 2005

Ausência - de novo...

Hoje pela manhã no messenger:
Marcela says: ... e se realmente ele quizer ficar comigo, daí sim ele já está ciente que primeiro, tem que perder o medo que tem, ou sei lá que nome isso tem, não é normal, Kris, não é, parece doença, urucubaca...
Ela says: credo Má!!!
Marcela says: é sério, não é normal, parece coisa mandada, e segundo. Ele vai ter que cortar o cordão umbilical
Ela says: ???
Marcela says: é Kris, ta certo que pai e mãe são importantes, mas é só olhar seu exemplo que a gente percebe, que existem pais e pais, e se ele faz tanta questão dos pais, de não largar o conforto que tem na casa deles por ter medo do que vem pela frente, então, que fique com eles, to cansada disso já.
Ela says: Ui!!! Eu não queria estar na pele do David..."
Pra ser sincera, queria estar na pele dela tb não... :( e tenho que concordar com ela em muitos pontos (ou seria em todos?)

Mudando de Assunto:

Ontem eu passei alguns momentos de cão, mas isso não vem ao caso agora e também não vale a pena citar os motivos que por mais que eu ache que são significativos pra mim, pros outros não tem nenhum significado. Digo outros não generalizando, mas apontando pessoas que eu, definitivamente, não queria ter o desprazer de conviver, mas que por muitos motivos eu terei ainda que ver por algum tempo (e espero que não seja por muito)...
Enfim, esses dias de ausência tem sido recheados de coisas tristes, guerras, trabalho, lembranças e saudades, muitas saudades...
Nestes dias, tenho descoberto de maneira muito intensa o que é a saudade. E sentindo também. Não lembro quando nem onde li que a palavra "saudade" é uma das mais difíceis de se definir do mundo. Acho que é a sétima ou oitava. E, se for pensar mesmo em termos de definição formal, fica difícil definir o que é saudade.
Definição formal do Houaiss:
saudade - substantivo feminino
"sentimento mais ou menos melancólico de incompletude, ligado pela memória a situações de privação da presença de alguém ou de algo, de afastamento de um lugar ou de uma coisa, ou à ausência de certas experiências e determinados prazeres já vividos e considerados pela pessoa em causa como um bem desejável"
Para os poetas, compositores, nunca foi difícil definir saudade. Nem pra aqueles que amam. Hoje eu sinto isso. Eu sei definir saudade. É quando seu coração tá pela metade, quando as piadas não tem graça, quando tanto faz se é janeiro ou junho, se tá sol ou tá chovendo. Quando as músicas perdem a melodia, a comida fica sem sal, a água não mata mais a sede. Quando até mesmo chocolate perde a graça.
Estar longe de alguém que se ama é tortura que não desejo a ninguém. Privar-se do carinho de quem te ama dói mais que injeção, mais que martelada no dedo, ou bater o dedinho do pé na beira da cama. Saudade dói mais que palmada de mãe, que cascudo na escola ou puxão de orelha no dia do aniversário. Dói mais que descobrir que Papai Noel não existe, que as nuvens não são de algodão, ou que você não ganhou aquela bicicleta de Natal. Dói tanto quanto a dor inocente de uma criança que é deixada na casa da avó quando os pais vão sair.
Não desejo saudade a ninguém. Se está com saudade de alguém, ou alguém de você, não deixe a situação assim. Para algumas dores aí de cima existem remédios, curas. Para dor de saudade, existe a presença. Para outras, eu não sei se existe.
É isso...
Té mais.

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