27 outubro 2006

Mais uma coisa que odeio...

Imagine a cena:

Você é a pessoa com contrato mais recente numa empresa, conseqüentemente, num setor.
Normal, todo mundo se conhece, brinca, tem certos limites, e você, por ter chegado recentemente se sente um estranho no ninho.
Ok, normal também; o problema vem quando, depois de alguns meses, você nota que as coisas não mudaram tanto e que de vez em quando pessoas te isolam de vários cochichos...
Primeiro pensamento: "estão falando mal de alguém"
Segundo pensamento: "estão falando mal de mim"...
Você também não se sentiria assim???

Eu sou do tipo de pessoa que quando não gosto de algo, ou falo prá quem causou ou fico quieta, não saio por aí "metendo o pau" em quem "pecou"...

As vezes acho que deveria ser menos centrada e menos "grossa" com relação ao trabalho, porém infelizmente sou profissional demais prá ficar falando da minha vida ou da vida do fulano e acabo favorecendo esse isolamento, e acabo tendo essa impressão de que vivem falando mal de mim, aos cochichos...

Como eu odeio isso, como eu odeio isso, como eu odeio isso...
Droga...

16 outubro 2006

Vício...

A cada instante, ele falando sério em tom de brincadeira:
"-Olha, só:
Trabalho na 4ª feira, a noite te busco... e dormimos juntos;
Trabalho na 5ª feira... e dormimos juntos
Trabalho na 6ª feira, ligo na minha casa prá falar contigo e a noite... dormimos juntos
Sábado ficamos de bobeira o dia todo, a noite passeamos um pouco e depois... dormimos juntos
E ainda teve o domingo de troco!!! Tem noção de como isso é bom???"

Rsssssss, eu tenho sim, e dava prá ver o brilho dos olhos puxados dele, parecendo uma criança toda feliz com o brinquedo novo que ganhou em função do feriado.

Eu estou feliz!
Do jeito que eu pedi, realmente, tudo o que eu havia pedido e tudo que preciso. Esses dias cheios de carinho, mimos e muito amor junto do meu nego lindo (junto nada! colado, grudado, rsssssss) me deixaram mais leve, mais contente, mais feliz...
Conversamos muito, aprendemos mais coisas sobre os dois juntos e sobre cada um em si.
Depois que me despedi, ontem a tarde, ficou a sensação de que o vazio que tomou conta de mim, será logo preenchido no próximo final de semana, mais curto, mas nem por isso, menos especial.
Foi um final de semana prolongado, esperado com ansiedade, assim como o próximo prolongado que virá.
Já estava morrendo de saudade do final de semana antes mesmo dele acabar...
Já estava morrendo de saudades do meu nê, antes de descer do carro dele, antes mesmo de me despedir...
E vou esperar a semana passar toda, todinha, para na sexta feira, depois do exame, curtir mais um montão o meu namorado!

06 outubro 2006

As quatro loucuras...

Eu já contei que passei alguns meses na casa de meus pais no litoral norte entre o fim do ano passado e o começo deste ano...
Eu tb já contei que li muita coisa, muita mesmo, algumas muitíssimo boas e outras totalmente depressivas.
Descobri no meio dos bons achados Roberto Shinyashiki, adorei tudo o que li sobre as teorias dele.
Hoje vagando pela internet, descobri que a revista Isto É publicou uma excelente entrevista com ele, médico psiquiatra, com Pós-Graduação em administração de empresas pela USP, consultor organizacional e conferencista de renome nacional e internacional.
Uma das perguntas desta entrevista, e a respectiva resposta, você verá a seguir. Medite sobre ela.
Muitas pessoas têm buscado sonhos que não são seus, isso é verdade?
A sociedade quer definir o que é certo. São quatro loucuras da sociedade:
A primeira, é instituir que todos têm de ter sucesso, como se ele não tivesse significados individuais.
A segunda loucura é: Você tem de estar feliz todos os dias.
A terceira é: Você tem que comprar tudo o que puder. O resultado é esse consumismo absurdo.
Por fim, a quarta loucura: Você tem de fazer as coisas do jeito certo. Jeito certo não existe. Não há um caminho único para se fazer as coisas.
As metas são interessantes para o sucesso, mas não para a felicidade. Felicidade não é uma meta, mas um estado de espírito.
Tem gente que diz que não será feliz enquanto não casar, enquanto outros se dizem infelizes justamente por causa do casamento. Você pode ser feliz tomando sorvete, ficando em casa com a família ou amigos verdadeiros, levando os filhos para brincar ou indo a praia ou ao cinema.
Quando era recém-formado em São Paulo, trabalhei em um hospital de pacientes terminais.
Todos os dias morriam nove ou dez pacientes. Eu sempre procurei conversar com eles na hora da morte. A maior parte pega o médico pela camisa e diz:
"Doutor, não me deixe morrer. Eu me sacrifiquei a vida inteira, agora eu quero aproveitá-la e ser feliz". Eu sentia uma dor enorme por não poder fazer nada. Ali eu aprendi que a felicidade é feita de coisas pequenas.
Ninguém na hora da morte diz se arrepender por não ter aplicado o dinheiro em imóveis ou ações, ou por não ter comprado isto ou aquilo, mas sim de ter esperado muito tempo ou perdido várias oportunidades para aproveitar a vida.
Todos, na hora da morte dizem se arrepender de ter esperado muito tempo ou perdido várias oportunidades para aproveitar a vida.
Pense.... medite....
Alguma coisa parece semelhante em tua vida?