Passei a noite inteira acordada, hora pensando, hora chorando; deve ser a maldita TPM. Eu havia escrito um jornal completo que, devido às circunstâncias atuais, vai sair do rascunho do blog direto para a lixeira, pois decidi não ser mais uma pessoa egoísta.
Óbvio que os últimos acontecimentos tanto no meu “convívio familiar” como em outras áreas têm sido bem fora do comum, mas depois eu trago isso a tona, com os detalhes que o assunto merece ser tratado.
Tem chovido muito nos últimos dias e eu tenho ficado trancada muito tempo em casa.
Fico sentada no sofá da sala, ou em minha cama no quarto, com a Nina deitada em meu colo e com o caderno aberto, o tempo todo, tentando colocar em palavras tudo o que eu tenho sentido, pensado e vivido.
Sinto as palavras faltarem quando penso nas pessoas que por mais que estejam certas em não se dar por inteiro, ficam com um muro em torno de si, deixando um vazio que nem os compromissos sociais, nem o trabalho, nem o estudo e nem o lazer preenchem.
E mais uma vez eu consegui um bloqueio, tenho evitado escrever, só pode ser isso, um bloqueio. Pois eu faço pelo menos cinco xícaras de chá (virei fanática por hortelã), ligo a TV, desligo, ligo o micro sistem, e não tenho paciência pra ficar parada, vendo a vida passar por entre minhas mãos. Já estou a seis dias sem me alimentar direito, uma fruta ou um copo de suco são capazes de me manter em pé o dia todo, e já começo a sentir os efeitos que o Codaten exerce sobre meu corpo e minha mente, o que faz com que as idéias já não fiquem tão claras.
E sobre o que eu falava mesmo? Estou meio fora do ar e acabei mudando o rumo da prosa.
Mais acima eu falava de pessoas que repreendem e sufocam os próprios sentimentos. De doação. De medo. De... Nem sei mais de que...
Sou um exemplo forte, desse tipo de pessoa, e reconheço isso.
Sou uma pessoa rancorosa, capaz de alimentar vinganças e de passar do amor ao ódio em questão de segundos, e manter-me calada sobre sentimentos por meses a fio.
Só que tem algo que é mais forte que eu e que tem conseguido me rasgar por dentro.
A falta de emprego e o tempo ocioso fazem com que eu me torne mais vulnerável, com que eu sinta medo das pessoas.
Sim medo, pois ao contrário de pessoas que vivem rodeadas de gente e quase nunca tem problemas com elas, eu já fui alvo diversas vezes e já sofri horrores por causa de pessoas que julguei serem de confiança.
Decididamente esse post já está longo demais e eu tenho que parar de falar tanta coisa sem sentido e ser mais objetiva.
É isso... por enquanto...
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