Vamos ao que interessa:
Tinha 12 anos e uma mania de colecionar poesias. Num grande caderno espiral, colava fotos de casais, de pôr-do-sol, de flores, de toda sorte de coisas que encontrava em revistas e achava bonito. E do lado copiava poesias. Não descobrira ainda o amor, mas aquele caderno era a visão que tinha dele, com todo seu romantismo de menina que ouviu estórias de Cinderela e brincou de Barbie... Escrevia poesias e sonhava com o dia em que ele chegaria.
O dia em que olhariam juntos em uma mesma direção, o dia em que ele seria eternamente responsável por ela, tendo-a cativado (ah, Saint Exupèry! era o preferido da menina...).
Cresceu e descobriu muita coisa sobre o tal amor. Descobriu que na maioria das vezes olha-se mesmo é nos olhos um do outro, só pra vislumbrar ali mágoa, decepção, ressentimento. Descobriu que a chama que arde sem doer, depois que se apaga deixa marcas fundas que o tempo não desfaz. Tinham até nome, essas marcas: medo, culpa, desencontro.
Descobriu que a sensação de que seria infinito era inebriante, mas que não se podia nunca esquecer que era só enquanto durasse.
E às vezes durava tão pouco...
Um dia, redescobriu a mania de colecionar poesias. Numa página da internet, colava fotos que encontrava, copiava os poemas que a haviam encantado na infância.
E durante esse copy/paste, lembrou-se do antigo caderno. Onde teria ido parar?
O tempo engolira. Lembrou-se da menina que fora, que acreditava que o amor era sempre um bem, não doía nunca. Lembrou-se da sua inocência e confiança. Onde teriam ido parar?
A vida engolira.
Coisinhas que tenho lido por ai:
"...E na vida, a felicidade é um dos quesitos mais importantes...
Penso eu!
Acho que está aí o segredo da receita!
Posso não ter tempo suficiente para fazer determinadas coisas, mas SEMPRE tenho tempo para a felicidade, e, é isso que me dá forças..."
Julis em: http://www.shejulis.blogspot.com/
"...Era como se dedos invisíveis tomassem conta de suas sensações.
Sabia, mais do que ninguém, que havia ultrapassado a barreira do interesse sexual, da afeição amorosa, da amizade companheira.
Sentia uma necessidade física e uma urgência irracional de estar com ela..."
Dare to Elektra em: http://www.inshalla.blogspot.com/
Não é lindo???
Ambos linkados ai do lado...